Pele oleosa, com poros dilatados, cravos e espinhas inflamadas estão entre as queixas mais comuns, de homens e mulheres, em consultório dermatológico. A Acne é uma doença cutânea, na qual há uma inflamação das glândulas sebáceas na base dos pelos. As lesões podem aparecer na face, costas, ombros e peito, gerando imenso desconforto físico e estético.
Acne Grau I: apenas cravos, sem lesões inflamatórias (espinhas).
Acne Grau II: cravos e espinhas pequenas, com pequenas lesões inflamadas e pontos amarelos de pus (pústulas).
Acne Grau III: cravos, espinhas pequenas e lesões maiores, mais profundas, dolorosas, avermelhadas e bem inflamadas (cistos).
Acne Grau IV: cravos, espinhas pequenas e grandes lesões císticas, múltiplos abscessos interconectados e cicatrizes irregulares resultando em deformidade da área afetada (acne conglobata).
É durante a adolescência, a partir dos 12-14 anos, que muitos pacientes se queixam pela primeira vez dessas alterações na pele. E isso tem um porquê: durante a puberdade, o aumento da produção dos hormônios nas pessoas geneticamente predispostas pode influenciar na ação das glândulas sebáceas e superestimular a produção de sebo, favorecendo a obstrução dos poros e propiciando o surgimento da acne em diferentes graus.
Muitas vezes, os pacientes jovens com Acne sofrem grande impacto na autoestima e confiança, por isso, o tratamento precoce da condição é fundamental.
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, as espinhas inflamadas não surgem apenas na juventude, mas também podem continuar causando desconfortos durante a fase adulta. Entre as principais causas e fatores de risco que levam ao desenvolvimento da Acne após os 25 anos, especialmente no público feminino, vale destacar a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) e demais alterações hormonais, como uma gravidez, o uso de anticoncepcionais ou de suplementos específicos, maquiagem oclusiva e/ou limpeza inadequada da mesma.
Além das alterações hormonais na puberdade e na vida adulta, é importante ter em mente que outros fatores também podem propiciar o surgimento de cravos e espinhas, como a má-alimentação, a obesidade, síndromes metabólicas e a tendência genética, com histórico de acne e pele oleosa.
Em relação especificamente às dietas, é essencial ressaltar que o consumo de carboidratos, ou alimentos com altos picos de índice glicêmico, pode provocar o aumento da produção de sebo, ocasionando a obstrução da abertura do folículo piloso e dando origem à Acne. Por isso, o tratamento da condição deve ser feito de forma completa, analisando, além dos cuidados com a pele, a rotina diária do paciente.
Sim. Por meio de alguns cuidados em casa é possível evitar o surgimento da Acne ou fazer com que a doença se instale de forma mais branda. As regras fundamentais são
Lavar o rosto duas ou três vezes ao dia, de manhã e à noite, com sabonetes específicos para peles acneicas;
Investir em dermocosméticos ou medicamentos tópicos e/ou orais que ajudam a renovar a pele e controlar a oleosidade excessiva.
Existem diversas opções terapêuticas disponíveis, desde o uso de produtos tópicos específicos, antibióticos sistêmicos, probióticos, entre outros. Alguns procedimentos em consultório também podem ajudar a controlar a Acne e a oleosidade excessiva da face, como:
Por fim, em determinados casos, quando a resposta dos tratamentos tópicos não é satisfatória, pode-se tratar a acne com a isotretinoína oral (Roacutan®), medicamento exclusivamente prescrito pelo dermatologista.