A queda de cabelo é, sem dúvida, uma das condições que mais afeta o emocional de homens e mulheres. Não é a toa que essa queixa está entre as mais frequentes dos pacientes em consultório. De forma geral, as causas da queda capilar estão relacionadas à:
-> Fatores hereditários: em que o paciente já nasce com uma predisposição à fios finos, ralos e com maior chance de doenças como a calvície;
-> Fatores Hormonais: alterações nos níveis de hormônios ou períodos como a gravidez e a menopausa podem influenciar diretamente na beleza dos cabelos;
-> Estilo de vida e a manutenção da saúde: questões como a má alimentação e as deficiências nutricionais podem refletir
-> Doenças localizadas apenas no couro cabeludo ou também com acometimento sistêmico como Lúpus, Dermatomiosite, doenças da tireoide, Alopecia Frontal Fibrosante, Líquen Plano Pilar, Psoríase, Diabetes, doenças infecciosas (sífilis , pneumonia , dengue e outras), etc. É comum o dermatologista descobrir alterações de outros órgãos após pesquisa de queixas de queda de cabelos!
-> Outras causas de queda podem ser locais como a tração excessiva por penteados, presilhas e elásticos, excesso de oleosidade por má lavagem ou depósito de muito produto químico, quebra por química ou calor exagerado e a manipulação constante dos fios.
O chamado ciclo capilar é definido geneticamente e é dividido em 3 fases principais: Anágena, Catágena e Telógena:
Fase 1 – Anágena ou Fase de crescimento: corresponde ao período de crescimento ativo do cabelo e tem duração de 2 a 6 anos.
Fase 2 – Catágena: é a fase intermediária, em que os fios se preparam entrar em queda. Tem duração curta de 2 a 3 semanas
Fase 3 – Telógena ou Fase de queda: trata-se da última fase do ciclo capilar, em que o fio de cabelo em queda é empurrado por um novo fio anágeno que vai iniciar crescimento. Esse processo é fisiológico, natural e dura em torno de 3 meses.
Em média 1 cm por mês. No entanto, o comprimento dos cabelos ou a velocidade com que os fios crescem é uma característica genética e variável de pessoa para pessoa. Assim, existem indivíduos que têm maior facilidade para ter cabelos compridos, enquanto outros irão sempre sentir um crescimento mais lento dos fios.
Neste sentido, é importante conhecer o seu ciclo capilar e suas caracteristicas individuais, para não se desesperar, nem se frustrar. A boa notícia é que quem deseja potencializar o crescimento dos fios pode apostar em várias opções de tratamentos da tricologia médica, como o MMP, medicamentos orais, lasers, LED, Infravermelho e outras. Cada pessoa precisará de um tratamento individualizado, não se pode padronizar.
Falaremos desses procedimentos abaixo!
É muito comum receber no consultório pacientes com a chamada “sensação de queda capilar” ou pseudo queda, em que a queixa da perda dos cabelos é considerada como natural. É importante que os pacientes entendam que o ciclo capilar fisiológico promove uma queda de em média 50 a 100 fios por dia, sem que isso represente uma alteração ou doença tricológica.
Mas afinal, quando é preciso procurar ajuda? A partir do momento em que o paciente se incomodar com o aspecto dos seus cabelos é importante buscar a orientação de um dermatologista especializado. Sinais como o afinamento dos fios, a rarefação no couro cabeludo e a queda aumenta dos cabelos nos ralos, escovas, roupas ou travesseiro são indícios de que estão na hora de consultar o seu médico.
O diagnóstico correto é fundamental para intervir de forma precoce e correta quando necessário.
Alopecia Androgenética, ou calvície, é uma doença que provoca o afinamento progressivo e a queda dos fios. Fatores genéticos e hormonais estão relacionados com a Calvície. A condição se manifesta de forma diferente em homens e mulheres: enquanto no público masculino a doença ocorre de forma mais intensa na região do vértex, ou seja, do topo da cabeça, nas mulheres a alopecia pode acometer de forma difusa o couro cabeludo ou pode ter padrão androgenético (semelhante aos homens).
O Eflúvio Telógeno é uma alteração do ciclo capilar, em que os fios que estão na fase de crescimento recebem ordem abrupta de queda.
O problema pode ser causado por diversos fatores pontuais, como o período pós-parto, o uso de medicações específicas, o pós-operatório de uma cirurgia, uma grande perda de peso, entre outros. Na maioria das vezes, o crescimento do cabelo é normalizado espontaneamente. No entanto, é sempre importante investigar a fundo as reais causas da perda capilar com um dermatologista especializado.
As alopecias cicatriciais são uma categoria de doenças capilares que provocam a perda dos cabelos de forma irreversível. Condições como a Alopecia Frontal Fibrosante e o Lúpus Eritematoso agem provocando a formação de cicatrizes nos folículos pilosos, o que impede o crescimento de um novo fio na região acometida. Apesar das causas não serem totalmente conhecidas, acredita-se que estas patologias tenham relação com fatores congênitos e autoimunes.
Na maioria das vezes essa doenças não têm cura, por isso, o diagnóstico precoce por um médico especializado é fundamental para a estabilização da queda capilar. Os principais sintomas das alopecias cicatriciais são:
O afinamento dos fios acontece de forma lenta e, muitas vezes, a pessoa demora a ver que os pelos não estão nascendo de novo. Outros sinais são:
● A perda de pelos e fios na linha de implantação capilar (testa) e sobrancelhas.
● Coceira e vermelhidão no couro cabeludo;
● Diminuição dos pelos das sobrancelhas;
● Pápulas faciais que não melhoram com tratamentos convencionais;
Algumas técnicas que podem estimular o crescimento e fortalecimento dos fios são:
1) A Intradermoterapia Capilar: o procedimento visa aplicar manualmente no couro cabeludo, substâncias, medicamentos e ativos específicos para o tratamento da queixa capilar, potencializando os resultados e estimulando o crescimento dos folículos pilosos.
2) A aplicação do LED Capilar: a luz de LED promove a chamada fotobioestimulação, no couro cabeludo, em que o metabolismo das células do bulbo capilar é estimulado, aumentando o tempo de crescimento dos fios, reduzindo as possíveis inflamações na região e melhorando a circulação sanguínea local.
3) O MMP®: a Microinfusão de Medicamentos na Pele, assim como a Intradermoterapia, tem como objetivo depositar, de forma estratégica e homogênea, ativos específicos na área tratada. O MMP Capilar é realizado por meio de um equipamento com micro agulhas, que penetram suavemente na pele do couro cabeludo.
É importante ressaltar que a paciência é fundamental ao iniciar qualquer tratamento capilar, já que os resultados podem demorar a aparecer. A consulta com um especialista é muito importante para orientar quais são os melhores procedimentos em cada caso.